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O contributo da ETMA para a Black Pig Race

1 Julho, 2018 No Comments

É a grande festa da cidade de Braga, o São João. Uma tradição com muitos anos, uma festa de uma noite que, ao longo dos últimos anos, foi convertida numa celebração com vários dias de festa.

Ora, sendo a ETMA orgulhosamente originária da cidade de Braga, este é também um momento ao qual à empresa se quis associar, nomeadamente através da atribuição de um contributo para o evento Black Pig Race.

O contexto histórico

Tem grande destaque nas mais antigas crónicas referentes ao São João em Braga, a corrida do porco preto. Há relatos que confirmam que a corrida do porco era efetivamente o evento mais original dos festejos sanjoaninos Bracarenses. Era tal a sua relevância que detinha honras de acompanhamento com a bandeira municipal. Esta tradição era a única que não se repetia nos outros momentos festivos da cidade.

O que era a Corrida do Porco Preto?

Na sua origem, este evento ocorria na véspera do São João. Consistia num cortejo, liderado por todos os cavaleiros da cidade e onde também participavam os candeleiros das confrarias de S. Tiago e de S. João do Souto com seus mordomos e suas bandeiras, juntamente com os espingardeiros, e a serpe e cavalinhos.
Neste cortejo figuraria, em primeiro plano, a bandeira da cidade, que se encontrava no edifício dos Paços do Concelho, defronte da Sé, na chamada Praça do Pão.
Após o ato solene da saída da bandeira, o cortejo seguia festivamente – provavelmente pela rua do Souto e campo de Santana – para o monte de Santa Margarida (Guadalupe) “onde era costume emprazar o porco”, ou seja, onde o porco seria cercado e preso para, na madrugada do dia seguinte, ser levado “além da ponte de Guimarães”. No final, regressavam pelos “lugares costumados” até junto da capela de S. Sebastião das Carvalheiras, onde era servido um beberete preparado pelos mordomos da Mourisca e, segundo a crónica citada por Camilo Castelo Branco, se procedia à entrega de cestinhos de frutas aos cavaleiros que tomaram parte do cortejo. O segundo ato decorria na madrugada do dia 24 de junho.Novamente se organizava um cortejo, com os mesmos moldes do dia anterior e liderado pelos cavaleiros, a partir dos Paços do Concelho, de onde saía solenemente a bandeira da cidade. Chegados à ponte de Guimarães, dar-se-ia início à competição. Montados no cavalo seguiriam os sapateiros da cidade, que deveriam perseguir o porco até ao rio, e, sobre a ponte, estariam os moleiros, provavelmente residentes nas redondezas do rio Este. O objetivo era conquistar o direito ao porco. Os moleiros tentariam que o porco atravessasse o rio, enquanto os sapateiros tentariam que este seguisse para a ponte.

A Black Pig Race

Para ganhar nova notoriedade nos dias de hoje, a tradição recuperou-se com uma reinvenção do conceito original. A reminiscência das festas sanjoaninas de séculos passados é hoje assegurada pela Associação de Festas de São João de Braga.
Assim, a Black Pig Race foi convertida numa corrida de obstáculos, que combina a corrida com a superação de obstáculos naturais, artificiais, urbanos e arquitetónicos.

O apoio da ETMA

A ETMA, convidada pela organização da Black Pig Race, contribuiu para a realização de mais este evento tradicional da cidade, nomeadamente através da cedência dos obstáculos físicos que faziam parte da corrida, como bobines, paletes e outros suportes.

 

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