Mário Rodrigues da Costa, fundador da ETMA, será sempre recordado pelo seu caráter humano e a sua excecional visão empresarial que pode mesmo ser considerada bastante avançada face às diferentes épocas que atravessou ao longo da sua vida.
De facto, esta é uma História de Vida que vale a pena relembrar! Pelo que, no dia em que celebraria 100 anos, destacamos, através deste artigo em sua homenagem, o empresário, o amigo e o mestre que foi para muitos os que com ele trabalharam e conviveram.
Com a maior das certezas podemos afirmar que na ETMA, ainda hoje, se “respira” Mário Rodrigues da Costa. Pelas paredes da empresa é possível encontrar-se retratos e fotografias suas (em particular nos gabinetes dos seus netos) e, em cada recanto, observam-se placas e objetos diversos de homenagem dos seus colaboradores.
Mesmo hábitos e rotinas de trabalho dos colaboradores mais antigos relembram o tempo em que com ele trabalhavam, pelo que, com muita frequência, ouvimos pela empresa a expressão “No tempo do Mário Costa!…”. E fazem-no, e dizem-no, com muito Orgulho, referindo-se sempre àquele que foi o seu Líder como um grande exemplo que deve ser seguido!
Mas, para que consigamos perceber as razões porque Mário Rodrigues da Costa é relembrado, homenageado, suscitando diariamente este sentimento enorme de saudade e emoção, teremos de recuar no tempo.
Mário Rodrigues da Costa nasce em Braga, em 1920. Filho de Manuel Rodrigues e de Marília Emília da Costa, cedo revelou ser um lutador na procura contínua de evolução, imbuído de um espírito que lhe incutiu, desde muito jovem, a preocupação para com a família, em particular com as irmãs, às quais procurou sempre dar o seu apoio. Um cuidado que se manteve e estendeu pelos seus três filhos (Mário Manuel Jardim Rodrigues, Maria do Sameiro Jardim Rodrigues e Sílvia Julieta Jardim Rodrigues), bem como pelos netos.
Para além de ser considerado um ser humano fora de série, preocupado com o “outro”, ainda hoje é recordado não só pelo brio na sua apresentação, sempre impecavelmente bem vestido, pela sua dimensão visionária, arrojada, curiosa, mas também pelo seu caráter reservado, embora de enorme bondade.
Um homem de valores e virtudes, mas também de enorme caráter, de iniciativa e de convicções. Mário Rodrigues da Costa foi, de facto, um Lutador, mas também, e acima de tudo, um Vencedor!
Com 12 anos começa a trabalhar na empresa de reparação de armas do seu tio e padrinho, Mário da Costa Martins, com quem aprendeu a trabalhar as ferramentas que mais tarde se revelariam extremamente úteis quando se estabelece por conta própria.
Aos 17 anos aventura-se e vai para Lisboa trabalhar para a Fábrica de Material de Guerra, onde começa a ter os primeiros contactos com o metal. Regressa dois anos mais tarde a Braga e inicia o trabalho de consultor nas Minas da Borralha, em Montalegre. É aqui que consegue reunir algum dinheiro para, em 1940, fundar a sua própria empresa em nome individual – a Mário Rodrigues da Costa, abrindo uma loja na Rua Dr. Justino Cruz. Este seria também o início da construção dos “alicerces” da empresa que é hoje a ETMA. E é a partir deste momento que vida pessoal e profissional passam a ser indissociáveis no longo caminho de sucesso que agora se iniciava.
O trabalho era duro, trabalhava-se horas sem fim, com colaboradores dedicados que sempre o acompanharam. Tudo era facilmente ultrapassado com a forte e vincada ligação pessoal que existia entre “patrão e empregados”.
Aliás, o caráter humano sempre foi uma das características de Mário Rodrigues da Costa. Gostou sempre de acompanhar de perto a vida dos seus colaboradores e de os ter à sua volta. Uma preocupação com o bem-estar destes que se manteve ao longo dos anos, demonstrada, por exemplo, não só pela sua presença e contributo nos casamentos dos colaboradores, como nos incentivos (alguns mesmo salariais) que lhes ia proporcionando, e até nos almoços anuais que lhes oferecia sempre no dia 10 de agosto (data do seu aniversário e de comemoração do aniversário da empresa).
Ser humano peculiar, altamente exigente e muito empenhado no seu trabalho, todos os que com Mário Rodrigues da Costa trabalharam realçam a aprendizagem obtida. Mesmo ainda hoje, muito anos após a sua ausência, os colaboradores que com ele tiveram a oportunidade de trabalhar mantêm as mesmas exemplares formas de aprendizagem e de trabalho, métodos e organização. Mas não só! É com Orgulho que salientam o facto de dele sempre transparecer uma enorme sabedoria e extrema exigência e dedicação ao trabalho e ao negócio. “Semear para depois Colher” seria o seu princípio basilar.
Esta exigência, empenho e vontade de inovar continuamente resultavam, em grande parte, das viagens que fazia pelo estrangeiro. Deslocações estas que não seriam apenas pelo gosto de viajar e de conhecer novas culturas, mas, acima de tudo, poder ingressar na descoberta das necessidades dos mercados e do que de novo e tecnológico outros países e outras realidades poderiam oferecer.
Certo é que, fruto da visão e capacidade empreendedora e de trabalho de Mário Rodrigues da Costa, com as ideias que tinha, ainda hoje seria um caso sério de sucesso. Não só pelo espírito inovador que sempre o caracterizou, mas também sustentado pelo relacionamento franco e leal com todos os que o rodeavam.
Respeito pelas Pessoas, grande Humanismo, Profissionalismo, Coragem, Persistência e Dedicação são, porventura, apenas algumas das inúmeras palavras-chave que melhor descrevem este enorme Senhor, que para sempre permanecerá vivo nos nossos Corações!
Família, Colaboradores e Amigos sentem um enorme ORGULHO em terem feito parte da sua Vida e da sua História!